29.4.10

The last goodbye

I've been learning with my mistakes
I guess it's time to forget
the lies are always the same
this is so sad, but I don't love you yet

no more pain, no more tears
there's no doubt you're in my heart now
I'm just a creature that loves
my eyes show what I feel, I don't need to say nothing else

Chorus:
Please honey, always be mine
no matter what happens to me
dreaming in my room I can hear you cry
now can you hear me? this is my last goodbye

slowly the hours and days go by
and once again I see myself without you
I need you more than ever
the memories are real, and make me happy

nothing else has meaning to me
you're my only reason to keep breathing
I just wanted you to know
know how much I miss you

Estarei Te Amando

Estamos indo para casa
Caminhamos muito
E enquanto isso
Eu penso em seu sorriso
Só por um instante

Seguimos firmes
Por todos esses anos
Mas derrepente
Seu sorriso desapareceu
Transpareceu o medo

E agora estamos aqui, sob a chuva
Você se preocupa se deixará uma marca
Mas não me importa
Porque eu vou dizer

Estrelas podem cair do céu
Ou lágrimas dos seus olhos
Mas estarei te amando
Quando seu coração estiver no escuro
Serei sua pequena faísca
Porque estarei te amando

Eu me pergunto
Porque é desse jeito
Que as nossas vidas seguem
Todo dia igual
Eu não entendo

Ainda estamos aqui, mas a chuva parou
Você se preocupa se ainda somos os mesmos
Eu acho que sim
Mas agora é hora de esquecer

Nós chegamos aqui
E não há mais o que mostrar
Poque você sabe
Que estarei te amando.

21.4.10

Utopia

Não sou operante, e não obstante.
Revelo-me intrigante
Instigo o acaso, procuro o desafeto.
Aguardando pelo julgamento dos seres
Mentes improdutivas em mundo cibernético
Contra minha opressão analógica
E a pressão é lógica
Os minutos passam, reflexo imediato.
Bomba relógio, conexão padrão.
Subitamente surge a resposta
É indireta e funcional
A biogenética controla a respiração
Interfere em um espaço tempo
Onde o oculto se revela
Dentro de um túnel
Sem começo, sem fim.
Instala-se a deformidade
Em minha cabeça, busco respostas.
Faço conexões, atravesso a ponte.
Que brilha com a noite
Caminhamos sem destino
Ao retoque final dos que não optaram pela guerra
E tão pouco fui misericordioso para com aqueles que alimentaram minha fé
Perplexado, ou indomado, o corpo vaga.
Por um espaço mal preenchido e sem luz
É salgado, talvez pálido, sem gosto.
Aquilo que não pôde ser visto nem compreendido
Pois são nossos desejos, nossos pensamentos.
Escoando por um rio negro, cuja bruma é cinzenta em tons.
Reflexos de experiências, talvez inexistentes.
Soa como um ruído, brando, agora um estrondo.
A ruptura de fragmentos que não se encaixam
Mas que se reconhecem na vasta imensidão
De incoerências da vida e do universo.


Ykaro Venâncio

10.4.10

Sorrir faz bem

O sorriso tem a nos ensinar deveras. Pense na última vez em que você sorriu..
Hoje pela manhã ao agradecer por poder estar mais um dia com as pessoas que ama?
Ou quem sabe ontem quando você recebeu um e-mail dizendo: '' Tudo bem? Nossa!! Quanto tempo..''
Talvez tenha sido semana passada depois de receber um chocolate..ou até mesmo revendo aquela foto perdida de quando você ainda sabia ser feliz.
O tempo nos mostra que nunca é tarde para se arrepender e pedir perdão. Nunca é tarde para experimentar aquele sorvete, que você sempre teve vontade mas nunca teve coragem por achar que podia não ser bom. De dizer que você não concorda e tem seu ponto de vista. O que acontece é que esquecemos que as oportunidades muitas vezes nos dão segundas chances, e que sim, ainda temos tempo.
Então, da próxima vez ao invés de pensar duas vezes antes de sorrir, sorria! Sem medo, sem anseio ou mesmo insegurança. Acredite que o dia de amanhã será melhor e que você pode ser o responsável por isso!

8.4.10

A Volta ao Mundo em Atlas, parte 01

Era uma vez um senhor chamado Ludovico, um velho viúvo solitário e rabujento. Sua única companhia eram as lembranças de seu passado. Sua família não era muito grande, e vivia distante dele. Realmente, Ludovico era uma pessoa de mal com o mundo.

Certa vez, arrumando algumas bugigangas antigas deixadas por sua falecida exposa, o velho encontrou um livro, ainda embrulhado em papel de presente, onde estava escrito: “De Estela, para Ludovico”. Estela era o nome de sua mulher, e aquele era um presente que ela iria dar-lhe na época em que adoeceu, antes de falecer.

Ludovico abriu o embrulho e teve o livro em suas mãos. Não era muito novo e muito menos com cheiro de recém comprado. Suas páginas já apresentavam um tom amarelado. Ludovico soprou a capa, onde se lia o nome da obra: “Seja Feliz! Conheça o Mundo em um Balão!”.

Desde jovem Ludovico adorava balonismo, a prática de se voar em grandiosos e coloridos balões. Estela iria dar-lhe um livro que ensinaria a construir um grande balão para uma grande viagem.

Isso realmente entusiasmou o velho, que reuniu materiais e começou a contruir seu engenhoso balão, seguindo os passos do livro. Era começo do verão, e como sua casa era grande e o terreno, espaçoso e longe da cidade, Ludovico teve toda a tranquilidade do mundo para construir. Até certo ponto.

Certo dia, sua filha Beatriz, lhe manda uma carta, contando que seus três filhos estão para chegar em sua propriedade, para passarem as férias. E que como ele era seu pai e avô das crianças, entenderia.

Ludovico relamente não gostou muito da idéia de receber seus netos, talvez por que a última vez que os viu, o mais novo dos três era um bebê. Além disso, eles poderiam arruinar seus planos de uma grande viajem de balão.

Continua...

7.4.10

O Instante Qualquer



Não é incoerência, talvez subsistência.
E não obstante meu corpo foge
De irrealidades, mas na cidade me movo.
E corro, observo, sinto
Aquelas palavras atravessaram o quarto
Um segundo, fugaz.
A pupila dilata
E retrata o que não foi visto
Ate aquilo que não foi dito
Reação em cadeia
Cérebro paralisa fuga alheia.
Interferência na freqüência
O que vale é a experiência
Símbolo da existência.

2.4.10

# 07 - Assalto

“Silas... eu soube que três de teus clientes faleceram...”

“Sim... eles...”

Um estrondo de porta sendo arrombada com um chute frontal interrompeu o início de diálogo entre o Contador Silas e o Detetive Ney. Os dois voltaram-se rapidamente para a porta e viram um grande pé calçando um coturno atravessar a porta arruinada pelos cupins. Um arrombamento mal sucedido, pois o objetivo do arrombamento em si é derrubar a porta, e não atravessá-la e prender o pé nela, entre as lascas de madeira.

Ney, com toda a sua experiência em casos desse tipo, pegou um pequeno banco de madeira e sentou-se ao lado do pé. As lascas da porta estavam produzindo cortes a cada tentativa do arrombador de puxar de volta o pé invasor. O Detetive Smith tirou o coturno e a meia do pé e ouviu o invasor falar “isso tá me machucando, me ajuda, John”. Ney segurou o pé com a mão esquerda e começou...

“Por mil demônios, o que o senhor está fazendo?” perguntou Silas, com espanto no rosto.

“Cócegas”.

Olhou em direção à porta e perguntou em voz alta para o “pé” e John:

“Eu posso fazer isso à tarde toda... a não ser que cooperem. Quem são vocês e o que querem?”

“Pizza”, respondeu uma voz feminina trêmula (seria John?), enquanto o dono do pé gargalhava em pânico.

“Pizza? Mas que droga de resposta. Faça sentido, por favor...”

A voz feminina trêmula gaguejou um popouco cocomo se catata... catatatassse as palavras e disse, agora com uma quase convicção:

“Somos entregadores de pizza... é uma promoção... caso o cliente não morra de susto nós... droga! Eu sou a Dolores! O teu contador é o assassino e nós viemos te proteger, você é o quarto cliente dele, ele está matando dos clientes mais antigos para os mais atuais e você é o quarto, droga! Abre essa merda de porta!


***


P.S.: A frase "Faça sentido, por favor" foi dita, originalmente, pela Bianca. Putz, eu tinha que usá-la algum dia, é genial...

1.4.10

Passado Presente e Futuro

Ontem mesmo eu estava tão contente
Tinha sido um dia tão divertido!
E hoje, nada mais faz sentido
Tudo mudou tão rapidamente...

Vou me lembrando do que aconteceu
Pequenos flashes de minha memória
Me mostram os momentos de glória
Mas de repente tudo desapareceu...

O passado foi legal
O presente é razoável
O futuro será inimaginável
Espero por um sinal...

Parece que foi ontem, sim...
Mas já foi há alguns anos...
Nem me lembro mais daqueles planos
Que eu arquitetava no meu jardim

Mas por quê o tempo não para?
Já não sei mais no que devo acreditar
Só queria pegar um espelho agora e olhar
Qual o sentimento que está na minha cara...

O passado foi chocante
O presente é distorcido
O futuro está escurecido
Acho que sou discrepante

A semana inteira ficava triste...
Só queria gritar o mais alto que pudesse
Para me livrar de todo o estresse
Mas nem sei se isso existe

O que é real e o que não é
Até hoje não consigo distinguir...
Mesmo assim, vou continuar a refletir
Mas o presente ainda pega no meu pé

O passado me deixa dúvidas
O presente me persegue
O futuro aos poucos se ergue
Sinto minhas olheiras úmidas...

Eu penso por horas, sem uma pausa
Mas não vejo onde foi que eu errei...
Depois de muito tempo, eu reparei
Talvez não fosse por minha causa

As outras pessoas mudam a cada segundo
Será que sou só eu que não quero mudar?
Será que é errado eu querer continuar
A ser a pessoa que sempre fui nesse mundo?

O passado foi esquisito
O presente está me consumindo
Mas o futuro será lindo
E é nisso que eu acredito

Seguir em frente
É só o que se pode fazer
Não vou ligar para o que acontecer
Vou apenas abrir a minha mente

Do Que Não Foi Visto

Reflito, logo e penso
Existo, evito e me esquivo nesse jogo ambíguo
Não existe paralelo no paradoxo
Tudo limpo, nada tóxico
Saio complementando
Devaneios, sim, vivo ensaiando-os
E canto, cantigas de paixão
Esquecido entre arbustos matinais
Congelados
Conspiro, ajudo, fico em luto
Revolução chega, não me iludo
É de fato onírico
Fugaz, extremamente exagerado
Um tanto quanto contemplado
Exilado...

A Última Dança

Era uma quente noite de verão, o céu escuro, apenas com a calma luz da lua cheia. As vozes altas e a música clássica pairavam pelo ar.

Estavam lá, em meio à noite e o perfume de jasmim, ele, hesitante, e mesmo assim completamente rendido, e ela, perdida no amor que reluzia sob o luar. Ele era seu príncipe, e ela, seu anjo mais puro.

Era uma visão celeste, vê-los em cada passo juntos, como o mais perfeito ballet. Enchiam os olhos de lágrimas que caíam como um rio em seus corações. Vivos. Apaixonados.

Era simplesmente o momento mais feliz de suas vidas, e seria eterno enquanto a música não parasse.

Poder Oculto

Eu quero encontrar meu sonho
Quero que se realize
Exatamente como cantar
Ou como milagres,
Sem nenhuma dúvida
É quase surpreendente!

Eu sou um ser nesse mundo
Eu sou uma sonhadora...
Com poderes ocultos...
Mas como uma estrela,
Mesmo uma pequena luz
Quero ser mais forte algum dia.

Eu quero lhe dizer
Quero gritar
Que o que se esconde às nossas costas
E o que se esconde à nossa frente
Não é nada comparado
Ao que se esconde dentro de nós!

Em Minha Casa

Formou-se uma colônia na Babilônia
Em tempos antigos o povo se une
Eles se armam e se amam com afeto
Um corpo na vala
A bala no feto
E, contudo estala, como um suicídio
Um corpo caído
E eu, desfilo, e canto
Protegido pelo manto
É como se fosse um presságio
Meu corpo perdido
No sideral
Espaço, frenético, irreal
Bilateral, bidimensional
Eu reflito e grito,
Gero o atrito, aflito, esquecido
De súbito, a conexão gera pressão
O mundo continua, máquina paralítica
Turbilhão em minhas mãos
Obsoleto, discreto, indireto
Sim, desta vez o ângulo é reto...