29.1.11

Cap.04 - Iran

Foi algo realmente inesperado e um pedido um tanto estranho. Apesar que o olhar de Ipu faria como fosse impossivel dizer não a ele, estava fora de questão matar alguém naquele momento, se é que aquilo fosse ajudar em algo, pelo contrário, iria causar a ira de toda aquela tribo daquele jovem que ali se encontrava, apreensivo diante dela. Tentando organizar um pouco as ideias e analisando um pouco o estranho pedido, Taní fez a ultima coisa que Ipu acharia que fizesse, deixando-o um pouco espantado: Riu descontrolavelmente. (\o/)
- Eu disse algo engraçado?- perguntou ele um pouco confuso
- Pra dizer a verdade, sim!- disse Taní em tom forte - é óbvio que eu jamais faria algo parecido. Você nunca acreditou mesmo que eu fosse um astral maligno, ainda assim fez esse pedido. Por acaso a árvore te falou para me testar? -Disse Taní em tom bem ameaçador.
- Não, não...er...eu... - Ipu estava desconcertado o suficiente para não achar palavras coerentes.
Antes que conseguisse dizer algo significativo, Taní com um mão segurou o rosto de Ipu e lhe disse com toda confiança do mundo:
- Tudo vai acabar bem. - e sorriu gentilmente - Pode parecer meio confuso agora, mas eu acredito que o deus Sol nos reservou algo maravilhoso para o futuro.- aquilo soou estranho aos ouvidos de Taní. De onde saiu aquelas palavras? de onde saiu tanta confiança? De longe parecia aquela confusa menina que despetara naquele mundo desconhecido.
- Taní... Só poderia ser você mesma para dizer isso.- E Ipu deu um forte abraço. Não queria deixar nem aquele momento, nem Taní escapar. E assim permaneceram por um longo tempo. Havia algo diferente no olhar de Taní. Ipu estava muito feliz para notá-lo.
*barulho de tronco quebrando*
-AAAAAAAAAAAHHHHHHHH!!!
O barulho assustou os dois que logo se manteram em alerta. havia muito movimento pelo arbusto na qual o galho caiu.
- Maldito galho, estragou todo meu plano! ai...- reclamou a voz visivelmente dolorido pela queda.
- Quem está ai? - Gritou Ipu. Logo a barulheira do arbusto acabou rapidamente.
- Não ouço mais nada. - disse Taní baixinho.
- Shhh! - Ipu fez sinal de silêncio.
- Taní, fique aqui. - disse em mesmo tom Ipu segurando uma pequena adaga de osso no punho - qualquer sinal de perigo, fique perto da árvore.
Ipu se aproximou pé ante pé do arbusto inquiento com o coração a ponto de fugir pela boca (\o/)². uma gota de suor escorreu pelo seu rosto enquanto se preparava para um possivel ataque.
- POR FAVOR, NÃO ME MATE!!!!!!!!- gritou apavorado um jovem encolhido de medo.
- IRAN!!!! - Ipu pegou este pelo braço e puxou para fora do arbusto com tanta força que podia arrancá-lo - No que estava pensando??? Queria me matar de susto??? -Ipu se apoiou nos joelhos, ofegante.
- Eu sinto muito mesmo, eu não queria te atrapalhar. Eu só estava no lugar errado e no momento errado. - Disse Iran massageando o braço puxado. - Você é ralmente forte quando está com medo - disse soltando uma dolorida risada.
- Cala a boca! Nunca mais faça isso! Por que diabos você está aqui?
- Eu queria ver se era verdade o que todos estavam dizendo. Sabia que você estaria aqui, mas quando eu cheguei, vocês estavam tão juntinhos...ah~ eu não queria atrapalhar- Iran fez uma cara tão engraçada, que seria impossivel descrevê-la aqui. Ipu ficou tão corado quando uma pimenta ou um camarão assado.
- Vo-Você...é um intrometido!!!
- Ora, Ora...- Iran soltou alegre risada. - Bem, eu queria vê-la, onde ela está?
- Oh, ela estava perto da árvore. Taní, pode sair, é apenas o intrometido do Iran -
Gritou Ipu.
Ao longe, Taní saiu da sombra da árvore e se aproximou dos dois.
- Incrível, realmente é possivel trazer um astral de volta ao seu corpo!!! - exclamou Iran espantado e começou a cutucá-la na bochecha para verificar a veracidade dos fatos.
- Para com isso, ela ainda está confusa, mas eu já confirmei que ela não é um astral maligno - E ambos reeniciaram a briga.
Entretanto, Taní estava silênciosa, de cabeça baixa, perdida em pensamentos...
- Taní, algo de errado? - Ipu perguntou preocupado.
- hein?...er...ah!não foi nada, eu estava recordando algumas coisas.- Taní sorriu meio sem jeito. - Ipu notou pela primeira vez algo diferente.
- Desculpa interromper - Disse Iran já interrompendo - mas a reunião sobre a ataque a feiticeira vai começar daqui a pouco. É uma ótima oportunidade para recuperar as lembranças da Taní, não acham?.
- É verdade. - respondeu Ipu
- Eu sei o quanto ela gostava desse dia. Vocês vem ou não?
- Eu não sei, o que você acha Taní? eu não me importo de não participar dessa vez. Se você quiser um tempo, eu...
- Não, Não!- Interrompeu Taní - Como o Iran mesmo disse, é uma boa oportunidade. Vamos indo.
E os três se retiraram do local. Taní olhou para trás e sorriu ao olhar para a árvore misteriosa. Todos retornaram para a aldeia.

---------Fim do Cap. 04----------------------------------

Desculpa a demora gente, mas o meu inimigo mortal, o vestibular, me deu trabalho durante todo o ano passado, mas agora que ele morto e enterrado, espero logo terminar de escrever antes de esquecer o resto da história =D. até +

9.1.11

Carta aos Sobreviventes

A manha nasceu assim, em tom cinzento, e parece que não vai mudar nada durante os próximos dias, afinal de contas, estamos no inverno, há neve e corpos para todo lado, e não se arrisca sair de casa devido ao frio e a ameaça iminente, apenas em condições extremas, entretanto, todos tem o suficiente para sobreviver alguns poucos dias. Os caminhantes do sul trazem más notícias, desde que o confronto começou, tivemos muitas perdas, embora não acredite com todo o meu pouco conhecimento que nosso governo tenha tomado a decisão correta, ninguém poderia imaginar que teríamos uma resposta tão rápida do primeiro ataque.
O secretário de defesa nos assegurou que não éramos um alvo fácil, e que estaríamos invulneráveis devido à força de ataque comandada por nossa nação. Bem, aqui estamos, obtivemos resposta, e tal resposta não foi com bombas nucleares, nem mesmo ataques biológicos, nossos inimigos possuíam uma tecnologia até então conhecida, a nanotecnologia, mas, não poderíamos imaginar, que sua resposta fosse tão eficaz contra nossas armas de destruição de massa. Eles construíram máquinas destrutivas, robôs com inteligência artificial, e os colocaram aos serviços da população nos últimos cinco anos.
Fontes de segurança pública afirmam que parte de algumas das localizações geográficas de usinas, indústrias petrolíferas, e multinacionais, foram roubadas no mesmo ano em que as máquinas foram construídas. Até então, os fatos não tinham nenhuma ligação, ate descobrirem mais tarde que as máquinas foram construídas graças ao faturamento da venda de tais artigos, ou com o aproveitamento de determinados materiais ou elementos.
A imprensa não foi informada de tais acontecimentos, pelo menos não tão cedo. Mas no momento em que um homem foi encontrado morto em uma cidade do oriente, e identificado como antigo funcionário desta multinacional ao qual comprava tais mercadorias e riquezas naturais, descobriu-se o seguinte fato: só conseguiram identificar seu primeiro nome, porque o quiseram que descobrisse, pois não tinha nenhuma prova de origem do homem, apenas Thomas, os dentes foram arrancados, ate mesmo um dos olhos, apenas Thomas, o resto de sua identidade estava destruída pelo fogo. Um norte americano o encontrou, e ligou para a embaixada no local, eles disseram para ele tirar fotos do local e do corpo, anotar tudo o que visse, rostos, placas de veículos entre outros, pois, ele não estava em sua jurisdição como agente, então, o corpo poderia ser levado para lugares desconhecidos e o mistério não seria solucionado, e também não haveria uma investigação posterior para descobrir a relação do corpo com o caso dos robôs, e das armas nucleares, dos quais os norte americanos já desconfiavam.
Não houve tempo, era apenas isso que eles poderiam conseguir, logo após fazer o que lhe foi requerido, o agente até então desconhecido, desapareceu, como fumaça, não obtiveram mais contatos, não conseguiram sua localização, a ultima vez que foi visto, foi no deserto, próximo ao Egito, morto. Entretanto, os norte-americanos ficaram pouco tempo ansiosos, o ataque se iniciou dez dias depois da ultima vez que soube notícias do agente. A primeira cidade atingida foi Nova Jersey. Não precisou mais de nenhum ataque, o mal se infiltrou e pouco a pouco foram dizimadas cidades, populações, vilas, natureza, e o pior de tudo, ainda não acabou.
Há alguns dias que estou preso na fronteira da Venezuela com a Colômbia, esta frio, o ataque nuclear parece ter ocorrido em toda a Europa, na Ásia, África, e agora ouve-se notícias de que já chegaram na Austrália. Enfim, este é um relato de um sobrevivente aos ataque no Novo México, se estiverem a ler esta carta, quer dizer que encontraram tal ave, no qual precisei de suas patas para carregarem a mensagem.
Não sei quanto tempo ficarei vivo, os recursos estão escassos, pretendo chegar ao Brasil, mas, é difícil, é como andar em um nevoeiro, o planeta esta perdendo seu aquecimento, a guerra esta consumindo tudo, e as armas que consegui, muitas ainda não tenho o domínio necessário. Preciso de ajuda, se alguém puder, siga a ave de volta, ela sempre volta para o local de origem, ela é treinada, e já ia me esquecendo, se for andar com ela nos braços, coloque uma proteção, o animal é dócil, pelo menos se tornou assim, mas suas garras rasgam a pele humano com facilidade.
Meu nome é Sebastian, existem cópias em inglês e espanhol, junto a esta carta, caso tenham dificuldade em intrerpetá-la. Por favor, se apressem, se puderem, acredito que com os equipamentos que ando encontrando, poderemos encontrar uma saída.


Aos sobreviventes.








Por Ykaro Venâncio