Antes, Mel
Moravam cinco ursos num chalé pacato numa floresta pacata em um dia onde tudo se destruiria por completo junto da placidez da localidade. Foi terrível, terrivelmente terrível, mas, perdão, foquemos a família de Ursídeos antes do acidente incidente.
Haviam 3 irmãos, todos meninos sadios, apesar do sedentarismo anormal para um padrão de urso. Eram trigêmeos e ainda assim discutiam ocasionalmente sobre quem era o mais velho e lamberia, com direito consentido pelos pais, o resto do pote de mel. Era uma família normal, isso para o padrão de um humano, mas nessa história e só nela, também é para o padrão de um urso.
E haviam dois pais, é claro. Conservadores, divorciados e pardos. Eles normalmente eram liberais de má vontade. Procuravam espionar e pressionar os filhos sem apelar para proibições verbais e diretas. Os dois possuíam um instinto paternal quase possessivo e doentio, mas deixando todo o ar ainda permanecer calmo, sem alarme ou violência fora do perímetro audível do chalé.
Viviam rodeados de algum problema, catalizado pela própria família, mas aqueles ursos pacatos da floresta viviam felizes em voltados de um amor misterioso que foi formado antes mesmo daqueles cinco existirem. Gerações e gerações anteriores e posteriores em mutação. A atual também.
Apesar de serem animais contentes, nem tão saltitantes e um tanto problemáticos com uma porcentagem maior de felicidade que o oposto, isso não afetaria de modo algum a formação de um problema muito mais impactante que este amor formado desde suas gerações mais antigas.
Um dia...
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