Nilo, como era chamado, corria por entre as outras crianças da aldeia, haviam acabado de iniciar um ritual local, espantado por um dos xamãs, Nilo acaba correndo para fora da aldeia, e intrigado resolve se introduzir na floresta à sua frente.
Logo mais a frente, Nilo percebeu que o canto dos xamãs ia parecendo cada vez mais distante, não se importando muito com o fato e deslumbrado com a exuberância da natureza em volta, o menino continua sua caminhada. Nilo não entendia como as coisas ali se formavam, e nem o porquê disso, mas sabia que tudo ali, os processos evolutivos, a obscuridade da mata, a variedade de vida, tudo, e mais um pouco, sabia ele, que era essencial para a sobrevivência de seu povo.
Chegando em um terreno argiloso e bem úmido, percebeu alguns corpos espalhados no solo, sob cobertos pela lama, ficou um pouco assustado, eram banhados com braceletes e tintas de sua aldeia, os Maratuca, logo, após concluir que não restava vida ali, Nilo se lança para observar o que acontecia logo à frente, e conclui:
- Eles vieram com seus monstros acabar com Nilo, mas Nilo não pode deixar tristeza chegar até mestre, Nilo não quer visitar xamãs, Nilo não quer que mestre vá, Nilo quer ver Grande Morada forte, imperando, não, Nilo não quer ver Grande Morada sobre fogo. Nilo não pode.
Intuitivamente, ou não, percebeu que estava sendo observado. Para ele era um monstro, encapuzado por vestes estranhas e apocalípticas, começou a correr. Ouviram-se tiros, estrondos entre as árvores.
- É a morte - pensou Nilo.
Era como se estivessem se escondendo, e o menino encontrou-os, corriam freneticamente, mas pernas ágeis tinha Nilo, seu monstro encapuzado era impetuoso, não desistia de sua sede, frenético era ele em sua caçada. Nilo consegue se esconder, o monstro(em tempos antigos homosapiens) desaparece, perdido, caçando-o. Começa a correr, suas pernas são pequenas, alcança a aldeia.
Assustado, chama por seu pai, avisa o fato. Seu pai preocupado vê uma fumaça sobre a montanha e logo, chega um súdito, alarmado:
- Eles invadiram a ilha! Queimavam a primeira aldeia, e avançam com velocidade, nossas defesas estão se esgotando!
Enu Kassan, pai de Nilo, como era chamado, olha para os céus, era como se estivesse pressagiando um fim, o resto da aldeia ainda não sabia do acontecido...
- Convoque os guerreiros ao meu encontro!
Os olhos de Kassan temiam o pior, o perigo era eminente.
CONTINUA...
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