6.6.10

A Volta ao Mundo em Atlas, parte 02

Umas semanas após receber a carta de Beatriz, Ludovica se preparava para receber seus três netos. Na casa não havia empregado algum, por isso o velho teve de arrumar tudo sozinho, o que o irritara bastante, já que queria construir seu balão.

Finalmente a três crianças chegaram. Vieram com a ajuda de um carroceiro que morava por ali perto. Eram eles Sophia, de 16, Henry, de 13, e Liliana, de 10 anos. Eles vinham observando a beleza da paisagem. Uma grande floresta cercava a propriedade de Ludovico, dando um ar misterioso e fantástico ao lugar.

- Sophia, já estamos chegando? – perguntou “Lili”.
- Acho que sim. Já faz dez anos que não venho aqui… Mas sabe de uma coisa? Acho que nada mudou.

O carroceiro parou diante dos portões da propriedade, enferrujados e com plantas combrindo-o.

- É aqui que ficam. Boa sorte com o velho Ludovico! – disse o carroceiro, num tom de preocupação. Fez meia volta com o cavalo e voltou pelo mesmo caminho.
- É aqui? Não lembro de nada. – disse Henry, que visitára a casa pela última vez aos 3 anos.
- Vamos entrando? – disse Sophia, empurrando um dos portões, que rangia muito, apesar de não se mexer.

As três crinças ficaram paradas diante do portão, sem ter muito o que fazer. Quando Henry teve uma idéia.

- Já sei! Olhem como aquela parte do muro é baixa! Vamos pular!
- Calma Henry. Lembre-se que mamãe pediu para você não aprontar aqui na casa do nosso avô. – disse Sophia.
- Você pensa que manda em mim, mas não é minha mãe! – reclamou Henry, indo na direção do muro.
- Henry! Pare com isso ou o vovô não vai gostar! – disse Liliana.
- Ele já não gosta de nós, esqueceu? – respondeu o garoto, já sobre o muro.

Restaram às suas duas irmãs segui-lo, entrando na propriedade da pior maneira.

- Isso é invasão. Vamos voltar e esperar no portão. – disse Sophie.
- É a casa do nosso avô. Estamos em família! – disse Henry, que já saiu correndo pelo jardim.
- Me espere! – disse Liliana, já saindo correndo atrás de seu irmão.

Sophie ficou para traz, carregando as sacolas e malas dos três, andando calmamente.

Os dois mais novos correram até cansar, quando Lili se deparou com algo muito grande que havia atráz da casa – o balão.

- Henry, olhe isso! – disse ela, apontando para a “coisa” colorida.
- Sophie, venha ver isso! – disse Henry, chamando sua irmã.

Sophie foi até onde seus irmãos a chamavam, e também levou um susto com a figura que ali estava. O balão, grande, redondo e colorido, constratava com tudo ao seu redor – portões enferrujados, jardim mal cuidado e uma casa velha e cinzenta.

- Será que isso é do vovô? – perguntou Lili.
- O que vocês querem aqui, seus moleques? – disse uma voz rouca e irritada.

Continua...

Um comentário:

  1. Gostei muito, me lembrou As Crônicas de Narnia e UP. Ótimo livro e filme. E agora tem tudo para seu uma história excelente!
    Ah no fim deu certo, consegui acabar o livro a tempo :D

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