5.8.10

Cap.03 - Silêncio

Correr. Correr para onde? Taní não tinha ideia do que se passava na cabeça de Ipu, mas acima de tudo, não tinha ideia de onde estavam indo. A floresta verde- esmeralda, aos poucos, foi se ofuscando até céu e floresta se confundirem com o negro. Enquanto corria, ela tentava reaver memórias ou qualquer coisa que explicasse sua atual situação. "Taní... Isso não é real. Não posso ser essa tal pessoa. como eu cheguei aqui??". Sua linha de pensamento logo foi interrompida por Ipu e logo se deparou com uma grande árvore. Ipu soltou a sua mão e foi ao encontro da árvore. Se aproximou, fechou os olhos e encostou a cabeça no tronco e assim permaneceu por algum tempo. Taní o observava. Parecia estar rezando, falando consigo mesmo. Taní se espantou ao observar que as folhas da árvore começaram a reluzir, mostrando sua verdadeira cor: Vermelha. As luzes das folhas seguiam em um fluxo continuo até a cabeça de Ipu, que parecia absorver aquelas luzes. Ipu levantou a cabeça da árvore e disse baixinho:"Obrigado".
Uma pequena luz se soltou da árvore e tocou a fronte de Taní e seus pensamentos começaram a se abrir, como um raio tentando escapar de uma caixa fechada. Taní soutou um pequeno gemido de dor, Ipu se aproximou, tentando acudi-la.
- Taní, você está sentido alguma coisa? Está ferida?
- Não, eu estou bem, assentiu com a cabeça.
Ipu não percebeu, mas aquela pessoa deixou ainda mais de ser Taní , entretanto, tomou mais consciência da situação em que estava.
"Se eu seguir como o dito. eu posso voltar! Tudo voltará ao normal!" Pensou Taní, entusiasmada. "Mas...eu não sei como termina..." Um ar de desapontamento tomou o lugar do sorriso.
- Taní, me desculpe por te trazer aqui - disse Ipu cabisbaixo, quebrando novamente a linha de pensamento de Taní - Mas eu precisava consultar o Silêncio. Ele sempre me diz o que fazer...
- Silêncio? - Interrompeu Taní
- Sim, a árvore Silêncio sempre nos diz o que fazer quando estamos com o coração e a mente cheios de dúvidas. É um lugar proibido para mulheres, mas eu tinha pressa em consultar ele. - Ipu, antes terno, agora, parecia sério, com o olhar decisivo. - E ele me deu uma resposta.
Meio receosa, Taní perguntou:
- Então... o que ele te respondeu??
- Pediu para eu seguir os instintos do meu coração. E é por isso que eu digo: Se você é um Astral maligno, mate-me. Não brinque comigo. Acabe com o sofrimento desde ser que não aguenta ser enganado por seres como você. Faça a grande árvore silêncio, meu túmulo. Nada me faria mais feliz.
Taní ficou sem reação...

--FIm do cap. 03--

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