12.3.10

Passagem do Ego

Por Ykaro Venâncio


Hoje somos traduzidos em palavras. As palavras não querem dizer nada. Servem só para formar uma verdade comum a todos, que afinal, não é de ninguem.
Caminhamos depressa, não há tempo a perder. Também tenho meu preço, mas ninguém conseguirá me comprar, todo o dinheiro do mundo não basta, hei de escapar como água entre os dedos do destino, hei de fluir como um rio, dia e noite, nem que tenha que enfrentar uma noite de insônia, porque esta é a cama estreita que conduz ao reino dos céus.
É como se o destino se mostrasse inexistente a cada fim de tarde, e nós, alimentamos a esperança de ter sempre um sol nascente, mesmo que isso gere medo do desconhecido, daquilo que não tem começo e tão pouco fim.
Vivemos segundo nossas emoções do momento, procurando localizar, descobrir, formular uma equação, ou uma constante, e poder dizer: isto sou eu.

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